|
|
O QUE É ECONOMIA?
A
economia, ou atividade econômica, consiste na
produção, distribuição e consumo de bens e serviços.
O termo economia vem do grego oikos (casa) e novos
(costume ou lei)ou também gerir, administrar: daí
"regras da casa" (lar) e "administração da casa"."
É também a ciência social que estuda a
atividade econômica, através do desenvolvimento da
teoria econômica, e que tem na administração a sua
aplicação. Os modelos e técnicas atualmente usados
em economia evoluíram da economia política do final
do século XIX, derivado da vontade de usar métodos
mais empíricos à semelhança das ciências naturais.
Pode representar, em sentido lato, a situação
econômica de um país ou região; isto é, a sua
situação conjuntural (relativamente aos ciclos da
economia) ou estrutural.
A economia é
geralmente dividida em dois grandes ramos: a
microeconomia, que estuda os comportamentos
individuais, e a macroeconomia que estuda o
resultado agregado dos vários comportamentos
individuais.
Atualmente, a economia aplica o
seu corpo de conhecimento para análise e gestão dos
mais variados tipos de organizações humanas
(entidades públicas, empresas privadas, cooperativas
etc.) e domínios (internacional, finanças,
desenvolvimento dos países, ambiente, mercado de
trabalho, cultura, agricultura, etc.).
Outras
formas de divisão da disciplina são: a distinção
entre economia positiva ("o que é", que tenta
explicar o comportamento ou fenômeno econômico
observado) e economia normativa ("o que deveria
ser", frequentemente relacionado com políticas
públicas); a distinção entre economia ortodoxa,
aquela que lida com o nexo
"racionalidade-individualismo-equilíbrio", e a
economia heterodoxa, que pode ser definida por um
nexo "instituições-história-estrutura social".
Adam Smith, autor da The Wealth of Nations, A
Riqueza das Nações em português (1776), geralmente
tido como pai da economia moderna.
Microeconomia
Mercado
A
microeconomia, tal como a macroeconomia, é um método
fundamental de análise à economia enquanto sistema.
Examina o comportamento dos agentes
(tais como os agregados familiares e as firmas) e as
suas interações em mercados específicos,
considerando a escassez de recursos e a regulação
governamental.
Um determinado mercado pode
ser para de um produto, por exemplo milho, ou de
serviços de um fator de produção, por exemplo, os
serviços de um pedreiro. A teoria considera
agregados de uma quantidade demandada por
compradores e quantidade ofertada por vendedores
para cada preço possível por unidade.
A
microeconomia une esses dois aspectos para descrever
como o mercado pode atingir o equilíbrio entre o
preço e a quantidade negociada ou explicar as
variações do mercado ao longo do tempo.
Esta
análise é geralmente referido como análise de oferta
e demanda. As estruturas do mercado, como
concorrência perfeita e monopólio, são também
estudadas para as suas implicações no comportamento
e na eficiência econômica.
A análise das
alterações num mercado geralmente parte do
pressuposto simplificador de que o comportamento nos
outros mercados permanece inalterado (ceteris
paribus), ou seja, é uma análise de equilíbrio
parcial.
A teoria do equilíbrio geral
permite alterações em diferentes mercados e
agregados de todos os mercados, incluindo a sua
evolução e interações em direção ao ponto de
equilíbrio.
Eficiência econômica
Em
microeconomia, produção é um processo que usa
insumos para criar produtos, destinados ao comércio
ou ao consumo. A produção é um fluxo, logo é
mensurável através de um rácio por unidade de tempo.
É comum distinguir entre a produção de bens de
consumo (alimentos, cortes de cabelo, etc.) vs. bens
de investimento (novos tratores, edifícios,
estradas, etc.), bens públicos (defesa nacional,
segurança pública, proteção civil, etc.) ou bens
privados (computadores novos, bananas, etc.).
O custo de oportunidade está relacionado com o
custo econômico: é o valor da melhor alternativa
dispensada, quando se tem que fazer uma escolha
entre duas ações desejadas, mas mutuamente
exclusivas. É descrita como sendo a expressão da
"relação básica entre escassez e escolha.
"O
custo de oportunidade é um fator que garante a
utilização eficiente dos recursos escassos, pois o
custo é ponderado face ao valor gerado, no momento
de decidir aumentar ou reduzir uma atividade. Os
custos de oportunidade não se restringem a custos
monetários. Podem também ser medidos em tempo,
lazer, ou qualquer outra coisa que corresponda a um
benefício alternativo (utilidade)
As entradas
para o processo de produção incluem fatores de
produção básicos como o trabalho, capital (bens
duradouros usados na produção, como uma fábrica) e
terra (incluindo recursos naturais). Outros fatores
incluem bens intermédios usados na produção dos bens
finais, como seja o aço num carro novo.
A
eficiência econômica descreve o quanto um sistema
utiliza bem os recursos disponíveis, dada a
tecnologia disponível. A eficiência pode aumentar se
conseguirmos obter um maior resultado sem aumentar
os recursos usados, ou seja, se conseguirmos reduzir
o "desperdício". Dizemos que temos uma eficiência de
Pareto quando estamos num ponto onde nenhuma
alteração na forma como usamos os recursos
disponíveis consegue melhorar o resultado para
alguém sem piorar a situação de outro.
Gráfico do PNB per capita por região ao longo dos
últimos 2000 anos. O PNB per capita é uma forma
resumida de se medir o desenvolvimento econômico no
longo-prazo
Production Possibility CurveA fronteira de
possibilidade de produção (FPP) é uma ferramenta
analítica que representa a escassez, custo e
eficiência. No caso mais simples, estudamos uma
economia que produz apenas dois bens. A FPP é uma
tabela ou gráfico que mostra as várias combinações
de quantidades dos dois produtos que é possível ter,
dado a tecnologia e os fatores de produção
disponíveis. cada ponto na curva
Cada ponto
na curva mostra uma produção potencial total máxima
para a economia, que é a produção máxima de um bem,
dada uma quantidade de produção do outro bem.
O ponto A no gráfico, por exemplo, mostra que FA
de comida e CA de computadores podem ser produzidos
quando a produção é eficiente. Assim como FB de
comida e CB de computadores (ponto B).
A
escassez é representada na figura pelas pessoas
poderem querer, mas não poderem consumir, para além
da FPP. Quando a produção de um bem aumenta, a
produção do outro diminui, numa relação inversa.
Isso ocorre porque uma maior produção de um bem
requer a transferência de insumos da produção do
outro bem, diminuindo-a.
A inclinação da
curva num ponto determina o trade-off entre os dois
bens. Mede o quanto uma unidade adicional de um bem
implica reduzir o outro bem, que é um exemplo de
custo de oportunidade. Ao longo da FPP, escassez
significa que escolher mais de um bem implica ter
menos do outro. Ainda assim, numa economia de
mercado, o movimento ao longo da curva pode ser
explicado como uma escolha que os agentes vêm como
preferível.
Por construção, cada ponto na
curva mostra a eficiência produtiva, por maximizar a
produção para um total dado de insumos. Um ponto
"dentro" da curva é possível mas representa
ineficiência produtiva (uso de insumos com
desperdício), no sentido de que a produção de um ou
ambos os bens poderia aumentar movendo-se no sentido
nordeste em direção a um ponto na curva. Um exemplo
de ineficiência pode ser de uma alta taxa de
desemprego durante uma recessão.
Estar na
curva pode ainda não satisfazer completamente a
eficiência alocativa (também apelidado de eficiência
de Pareto) se a curva não consistir numa combinação
de produtos que os consumidores tenham preferência
face a outros pontos ou combinações.
Muito da
economia aplicada em políticas públicas está
preocupada em determinar como a eficiência de uma
economia pode ser aumentada. Encarar a realidade da
escassez para então perceber como podemos organizar
a sociedade para ter o uso mais eficiente dos
recursos tem sido descrito como sendo a "essência da
economia", onde a disciplina "faz a sua contribuição
ímpar".
Especialização
Divisão do
trabalho, Vantagem comparativa, Ganhos com o
comércio.
A especialização é considerada um
aspecto chave para a eficiência econômica, devido a
diferentes agentes (indivíduos ou países) terem
diferentes vantagens comparativas. Mesmo que um país
detenha vantagem absoluta em todos os setores, tem
vantagem em se especializar nas áreas onde tenha as
maiores vantagens comparativas, efetuando depois
trocas comerciais com outros países, Consegue desta
forma obter uma maior quantidade dos produtos onde
não se especializou comparado com a opção de
produzir tudo por si.
Um exemplo disso é a
especialização dos países desenvolvidos em produtos
de alta tecnologia, preferindo adquirir os bens de
manufatura aos países em desenvolvimento, onde a
mão-de-obra é barata e abundante.
A teoria
defende que desta forma se consegue obter um maior
total de produtos e utilidade, comparando com a
situação em que cada país decide pela produção
própria de todos os produtos. A teoria da vantagem
comparativa é RESPONTISMO pela crença generalizada
dos economistas nos benefícios do comércio livre.
O conceito aplica-se a indivíduos, fazendas,
fábricas, fornecedores de serviços e a economias. Em
qualquer um destes sistemas produtivos podemos ter:
uma divisão do trabalho onde cada trabalhador é
RESPONTISMO por uma tarefa distinta e especializada
fazendo parte do esforço produtivo, ou diferentes
formas de uso de capital fixo e da terra.
A
Riqueza das Nações (1776), de Adam Smith faz uma
discussão notável dos benefícios da divisão do
trabalho. A forma como os indivíduos podem aplicar
da melhor forma o seu trabalho, ou qualquer outro
recurso, é um tema central do primeiro livro da
obra. Smith afirmava que um indivíduo deveria
investir recursos, por exemplo, terra e trabalho, de
forma a obter o maior retorno possível.
Desta forma, as várias aplicações de um mesmo
recurso devem ter uma taxa de retorno igual
(ajustada pelo risco relativo associado a cada
atividade). Caso contrário, acabaria por ocorrer uma
realocação de recursos melhorando o retorno. Essa
ideia, escreveu George Stigler, é a proposição
central da teoria econômica. O economista francês
Turgot fez o mesmo raciocínio dez anos antes, em
1766.
De forma mais geral, a teoria diz que,
incentivos do mercado, como preços da produção e dos
insumos de produção, determinam a alocação dos
fatores de produção através da vantagem comparativa.
Isto ocorre porque são escolhidos os insumos mais
baratos, mantendo baixo o custo de oportunidade de
um tipo de produto. Com este processo, a produção
agregada aumenta como efeito colateral. Esta
especialização da produção cria oportunidades para
ganhos de comércio em que os detentores dos recursos
beneficiam do comércio vendendo um tipo de produto
contra outros bens de maior valor. Uma medida dos
ganhos de comércio é o aumento na produção
(formalmente, a soma do acréscimo do excedente do
consumidor e dos lucros do produtor) resultante da
especialização na produção e do consequente
comércio.
Oferta e demanda
O modelo de
oferta e demanda descreve com os preços variam de
acordo com o equilíbrio entre a disponibilidade e a
procura. O gráfico mostra um aumento na demanda de
D1 para D2 e o consequente aumento no preço e na
quantidade necessário para se atingir um novo ponto
de equilíbrio na curva de oferta (S).A teoria de
oferta e demanda explica os preços e as quantidades
dos bens transacionados numa economia de mercado a
as respectivas variações. Na teoria microeconômica
em particular, refere-se à determinação do preço e
quantidade num mercado de concorrência perfeita.
Tem tido um papel fundamental na construção
modelos para outras estruturas de mercado (como
monopólio,oligopólio e competição monopolística) e
para outras abordagens teóricas.
Para o
mercado de um bem, a demanda mostra a quantidade que
os possíveis compradores estariam dispostos a
comprar para cada preço unitário do bem.
A
demanda é frequentemente representada usando uma
tabela ou um gráfico relacionando o preço com a
quantidade demandada (ver figura). A teoria da
demanda descreve os consumidores individuais como
entes "racionais" que escolhem a quantidade "melhor
possível" de cada bem, em função dos rendimentos,
preços, preferências, etc. Uma expressão para isso é
'maximização da utilidade restringida' (sendo a
renda a "restrição" da demanda). Para esse contexto,
'utilidade' refere-se às (hipotética) preferências
relativas dos consumidores individuais.
A
utilidade e a renda são então usadas para modelar os
efeitos de mudanças de preço nas quantidades
demandadas.
O modelo de oferta e demanda
descreve com os preços variam de acordo com o
equilíbrio entre a disponibilidade e a procura. O
gráfico mostra um aumento na demanda de D1 para D2 e
o consequente aumento no preço e na quantidade
necessário para se atingir um novo ponto de
equilíbrio na curva de oferta (S).
A lei da
demanda diz que, regra geral, o preço e a quantidade
demandada num determinado mercado estão inversamente
relacionados. Por outras palavras, quanto mais alto
for o preço de um produto, menos pessoas estarão
dispostas ou poderão comprá-lo ( tudo o resto
inalterado).
Quando o preço de um bem sobe,
o poder de compra geral diminui (efeito renda) e os
consumidores mudam para bens mais baratos (efeito
substituição). Outros fatores também podem afetar a
demanda. Por exemplo, um aumento na renda desloca a
curva da demanda em direção oposta à origem, como é
exemplificado na figura.
Oferta é a relação
entre o preço de um bem e a quantidade que os
fornecedores colocam à venda para cada preço desse
bem. A oferta é normalmente representada através de
um gráfico relacionando o preço com a quantidade
ofertada. Assume-se que os produtores maximizam o
lucro, o que significa que tentam produzir a
quantidade que lhes irá dar o maior lucro possível.
A oferta é tipicamente representada como uma
relação diretamente proporcional entre preço e
quantidade (tudo o resto inalterado).
Por
outras palavras, quanto maior for o preço pelo qual
uma mercadoria pode ser vendida, mais produtores
estarão dispostos a fornecê-la. O preço alto
incentiva a produção. Em oposição, para um preço
abaixo do equilíbrio, há uma falta de bens ofertados
em comparação com a quantidade demandada pelo
mercado.
Isso faz com que o preço caia. O
modelo de oferta e demanda prevê que, para curvas de
oferta e demanda dadas, o peço e quantidade irão se
estabilizar no preço em que a quantidade ofertada é
igual à quantidade demandada. Esse ponto é a
intersecção das duas curvas no gráfico acima, o
equilíbrio do mercado.
Para uma determinada
quantidade de um bem, o ponto do preço na curva da
demanda permite determinar o valor, ou utilidade
marginal para os consumidores para essa unidade de
produto.
Ele indica a quantia que um
consumidor estaria disposto a pagar por aquela
unidade específica do bem: o seu custo marginal. O
preço no ponto de equilíbrio é determinado pela
conjugação da oferta e demanda. Por isso podemos
dizer que, em mercados perfeitamente competitivos, a
oferta e a demanda conseguem um equilíbrio entre o
custo e o valor.
Do lado da oferta, alguns
fatores de produção são relativamente fixos no curto
prazo, o que pode afetar os custos em caso de
alteração do nível de produção. Por exemplo,
equipamentos ou maquinaria pesada, espaço de fábrica
adequado, e pessoal qualificado. Um fator de
produção variável pode ser alterado facilmente, para
se adequar ao nível de produção escolhido.
Exemplos incluem: o consumo de energia elétrica, a
maioria das matérias primas, horas extraordinárias e
trabalhadores temporários. No longo prazo, todos os
fatores de produção podem ser ajustados pela gestão.
Mas estas diferenças podem resultar numa diferente
elasticidade (rapidez de resposta) da curva da
oferta no curto prazo, que podem implicar diferenças
face aos resultados de longo prazo previstos pelo
modelo.
A oferta e demanda são usadas para
explicar o comportamento dos mercados de
concorrência perfeita, mas sua utilidade como modelo
de referência é extensível a qualquer outro tipo de
mercado. A oferta e demanda também pode ser
generalizada para explicar a economia como um todo.
Por exemplo a quantidade total produzida e o nível
geral de preços (relacionado com a inflação)
estudados pela macroeconomia.
A oferta e
demanda também pode ser usada para modelar a
distribuição de renda pelos fatores de produção,
como o capital e trabalho, através de mercados de
fatores.
Num mercado de trabalho
competitivo, por exemplo, a quantidade de trabalho
empregada e o preço do trabalho (o salário) são
modelados pela demanda por trabalho (pelas firmas) e
pela oferta de trabalho (pelos potenciais
trabalhadores).
A economia do trabalho
estuda as interações entre trabalhadores e
empregadores através desses mercados, para explicar
os níveis de salários e outros rendimentos do
trabalho, o desenvolvimento de competências e
capital humano, e o desemprego.
Na análise de
oferta e demanda, o preço de um bem equilibra as
quantidades produzidas e consumidas. Preço e
quantidade são habitualmente descritos como sendo as
características mais diretamente observáveis de um
bem produzido no mercado. Oferta, demanda e
equilíbrio de mercado são construções teóricas que
relacionam preço e quantidade.
Mas traçar os
efeitos dos fatores que de acordo com a teoria
alteram a oferta e a demanda - e através delas, o
preço e a quantidade - é o exercício habitual da
microeconomia e macroeconomia aplicadas. A teoria
econômica pode especificar sob que circunstâncias os
preços podem funcionar como um mecanismo de
comunicação eficiente para regular a quantidade. Uma
aplicação no mundo real pode ser tentar medir o
quanto as variáveis que alteram a oferta e a demanda
afetam o preço e a quantidade.
A teoria
elementar da oferta e demanda prediz que o
equilíbrio será alcançado, mas não a velocidade de
ajuste que pode ser provocado por alterações na
oferta e/ou demanda. Em muitas áreas, alguma forma
de "inércia" do preço é postulada para explicar
porque quantidades - e não preços - sofrem ajustes
no curto prazo, devido a alterações tanto no lado da
oferta quanto no da demanda. Isso inclui análises
padrão de ciclos econômicos na macroeconomia.
A análise frequentemente gira em torno de
identificar as causas para essa inércia e suas
implicações para que se alcance o equilíbrio de
longo prazo previsto pela teoria. Exemplos em
mercados específicos incluem níveis de salário nos
mercados de trabalho e preços estabelecidos em
mercados que se desviam da competição perfeita.
A teoria econômica do marginalismo aplica os
conceitos de marginalidade na economia.
O conceito de marginalidade dá relevância ao
significado da variação da quantidade de um bem ou
serviço, por oposição ao significado da quantidade
como um todo. Mais especificamente, o conceito
central ao marginalismo propriamente dito é a
utilidade marginal, mas uma corrente seguidora de
Alfred Marshall baseou-se mais fortemente no
conceito de produtividade marginal física para a
explicação do custo.
A corrente neoclássica
que emergiu do marginalismo britânico trocou o
conceito de utilidade pelo de taxa marginal de
substituição no papel central da análise.
O
marginalismo, tal como a teoria econômica clássica,
descreve os consumidores como agentes que almejam
alcançar a posição mais desejada, sujeita a
restrições como renda e riqueza. Descreve os
produtores como agentes que buscam a maximização do
lucro, sujeitos às suas próprias restrições
(inclusive à demanda pelos bens produzidos,
tecnologia e o preço dos insumos). Assim, para um
consumidor, no ponto onde a utilidade marginal de um
bem alcança zero, não há mais incremento no consumo
desse bem.
De forma análoga, um produtor
compara a receita marginal contra o custo marginal
de um bem, com a diferença sendo o lucro marginal.
No ponto onde o lucro marginal alcança zero, cessa o
aumento na produção do bem.
Para o movimento
em direção ao equilíbrio e para mudanças no
equilíbrio, o comportamento também muda "na margem"
- geralmente mais-ou-menos de algo, ao invés de
tudo-ou-nada.
Condições e considerações
relacionadas se aplicam de forma mais geral a
qualquer tipo de sistema econômico, baseados no
mercado ou não, onde existe escassez. A escassez é
definida pela quantidade de bens produzíveis ou
comerciáveis, tanto necessários quanto desejados,
maior do que capacidade de produção. As condições
são em forma de restrições à produção de fatores
finitos disponíveis. Tais restrições dos recursos
descrevem um conjunto de possibilidades de produção.
Para consumidores ou outros agentes, as
possibilidades de produção e a escassez implicam
que, mesmo que os recursos sejam plenamente
utilizados, existem trade-offs, quer seja de
rabanetes por cenouras, tempo livre por salário ou
consumo presente por consumo futuro.
A noção
marginalista de custo de oportunidade é um
instrumento para medir o tamanho do trade-off entre
alternativas competidoras. Tais custos, refletidos
nos preços, são usados para prever as reações á
política pública, mudanças ou perturbações numa
economia de mercado. Também são usadas para avaliar
a eficiência econômica. De forma parecida,
em uma economia planejada, relações de preço-sombra
devem ser satisfeitas para um uso eficiente dos
recursos. Nesse caso também, o marginalismo pode ser
usado como ferramenta, tanto para modelar unidades
ou setores de produção quanto em relação aos
objetivos do planejador central.
Externalidades
Esta área da economia estuda
se os mercados levam em consideração de maneira
adequada todos os benefícios e custos sociais.
Uma externalidade ocorre quando há custos ou
benefícios sociais significativos advindos da
produção ou do consumo que não são refletidos nos
preços de mercado. Por exemplo, a poluição do ar
pode ser considerada uma externalidade negativa e
educação pode ser uma externalidade positiva.
Os governos, no papel de um planejador social
benevolente, frequentemente estabelecem impostos ou
restringem a venda de bens que geram externalidades
negativas e fornecem subsídios ou de alguma forma
promovem a compra de bens que causam externalidades
positivas com o intuito de corrigir distorções nos
preços causadas por essas externalidades.
A
economia do meio-ambiente estuda os assuntos
relativos à degradação, recuperação ou preservação
do meio-ambiente. Em particular, externalidades da
produção ou do consumo, como a poluição do ar, podem
levar a falhas de mercado.
A disciplina
considera como políticas públicas podem ser usadas
para corrigir tais falhas. Opções incluem regulação
que reflita uma análise de custo-benefício ou
soluções de mercado que alterem incentivos como
multas por emissão ou redefinição de direitos de
propriedade. A economia do meio-ambiente não deve
ser confundida com novas escolas de pensamento
econômico referidas como Economia ecológica.
Economia agrícola
A economia da agricultura é
uma das mais antigas e mais bem estabelecidas áreas
da economia. É o estudo das forças econômicas que
afetam o setor agrícola e o impacto do setor
agrícola no resto da economia.
É uma área da
economia que, graças à necessidade de se aplicar a
teoria microeconômica a situações complexas do mundo
real, tem contribuído com avanços importantes de
aplicação mais geral; o papel do risco e da
incerteza, o comportamento das famílias e as
ligações entre direito de propriedade e incentivos.
Mais recentemente áreas como o comércio
internacional de commodities e meio-ambiente tem
recebido grande atenção.
Economia financeira
A economia financeira, muitas vezes chamada
simplesmente de finanças, está preocupada com a
alocação dos recursos financeiros em um ambiente de
risco (ou incerteza). Assim, seu foco está na
operação dos mercados financeiros, na avaliação de
preços de ativos financeiros, e na estrutura
financeira das empresas.
Economia industrial
A economia industrial, também conhecida nos
Estados Unidos como organização industrial, estuda o
comportamento estratégico das firmas, a estrutura
dos mercados e suas interações. As estruturas comuns
do mercado incluem competição perfeita, competição
monopolística, várias formas de oligopólio e
monopólio.
Economia da informação
A
economia da informação examina como a informação (ou
sua falta) afeta o processo decisório econômico.
Um importante foco da disciplina é o conceito de
assimetria de informação, onde um participante
possui mais ou melhor informação que a outra. A
existência da assimetria de informação abre espaço
para o surgimento de problemas como risco moral e
seleção adversa estudada na teoria dos contratos.
A economia da informação tem relevância em
muitas áreas como finanças, seguros, direito, e
processo decisório em condições de risco e
incerteza.
Economia do trabalho
A
economia do trabalho procura entender o
funcionamento do mercado e a sua dinâmica
relacionada ao trabalho. Os mercados de trabalho
funcionam através das interações entre trabalhadores
e empregadores. A economia do trabalho observa os
ofertantes de força-de-trabalho (trabalhadores),
seus demandantes (empregadores) e tenta entender os
padrões resultantes de salários e outras rendas do
trabalho, de emprego e desemprego.
Usos
práticos incluem a assistência na formulação de
políticas de pleno emprego.
Economia e
direito
Economia e direito, ou a análise
econômica do direito, é uma abordagem da teoria do
direito que aplica métodos da economia ao direito.
Inclui o uso de conceito econômicos para explicar os
efeitos de normas legais a fim de determinar quais
normas são economicamente eficientes e para prever
quais normas o serão. O artigo seminal de Ronald
Coase "The Problem of Social Cost", publicado em
1961, sugeriu que direitos de propriedade bem
definidos poderiam superar os problemas das
externalidades.
Desde que os custos de
transação se aproximassem de zero, acordo mutuamente
benéficos regulariam quem arcaria com o custo da
externalidade.
Economia gerencial
A
economia gerencial aplica análise microeconômica
para especificar decisões nas organizações. Ela se
aproveita pesadamente de métodos quantitativos como
pesquisa operacional e programação e também de
métodos estatísticos como a regressão ausentes a
certeza e informação perfeita. Um tema unificador é
a tentativa de otimizar decisões de negócios,
inclusive minimização de custo por unidade e
maximização de lucro, dados os objetivos da firma e
limitações impostas pela tecnologia e condições de
mercado.
Finanças públicas
Finanças
públicas é o ramo da economia que lida com os gasto
e receita dos orçamentos das entidades do setor
público, geralmente o governo.
O campo
aborda questões como incidência fiscal (quem
realmente paga um imposto), análise custo-benefício
de programas do governo, efeitos na eficiência
econômica e distribuição de renda de diferentes
tipos de gastos e impostos e políticas fiscais. Essa
última, um aspecto da teoria da escolha pública,
modela o comportamento do setor público de forma
análoga à microeconomia, envolvendo interações de
eleitores, políticos e burocratas interessados em si
mesmos.
Economia do bem-estar
A
economia do bem-estar é um ramo da economia que usa
técnicas microeconômicas para determinar
simultaneamente eficiência de alocação dentro de uma
economia e a distribuição de renda associada a ela.
Ela tenta medir o bem-estar social examinando as
atividades econômicas dos indivíduos que compõem a
sociedade.
Macroeconomia
A
macroeconomia, também conhecida como
"cross-section", examina a economia como um todo,
"de cima para baixo", para explicar amplos agregados
e suas interações. Tais agregados incluem as
medições do produto nacional bruto, a taxa de
desemprego, e inflação dos preços e subagregados
como o consumo todas e os gastos com investimento e
seus componentes.
Ela também estuda os
efeitos da política monetária e política fiscal.
Desde pelo menos os anos 1960, a macroeconomia tem
sido caracterizada pela integração cada vez maior
com a modelagem de base micro de setores, inclusive
a racionalidade dos agentes, o uso eficiente da
informação no mercado, e a competição imperfeita.
Isso tem abordado uma antiga preocupação
sobre as inconsistências no desenvolvimentos da
disciplina. A análise macroeconômica também
considera fatores que afetem o nível de crescimento
da renda nacional no longo-prazo. Tais fatores
incluem a acumulação de capital, mudança tecnológica
e crescimento da força de trabalho.
Crescimento e economia do desenvolvimento
Gráfico do PNB per capita por região ao longo dos
últimos 2000 anos. O PNB per capita é uma forma
resumida de se medir o desenvolvimento econômico no
longo-prazo.A economia do desenvolvimento estuda
fatores que explicam o crescimento econômico – o
aumento na produção per capita de um país ao longo
de um extenso período de tempo. Os mesmos
fatores são usados para explicar diferenças no nível
de produção per capita entre países. Fatores muito
estudados incluem a taxa de investimento,
crescimento populacional, e mudança tecnológica. Que
estão representados em formas empíricas e teóricas
(como no modelo de crescimento neoclássico) e na
contabilidade do crescimento.
O campo
distinto da economia do desenvolvimento examina
aspectos econômicos do processo de desenvolvimento
em países de baixa renda focando em mudanças
estruturais, pobreza, e crescimento econômico.
Abordagens em economia do desenvolvimento
frequentemente incorporam fatores políticos e
sociais.
Sistemas econômicos
Sistemas
econômicos é o ramo da economia que estuda os
métodos e instituições pelas quais sociedades
determinam a propriedade, direção e alocação dos
recursos econômicos e as suas respectivas
trajetórias de desenvolvimento econômico. Um sistema
econômico de uma sociedade é a unidade de análise.
Entre sistemas contemporâneos em diferentes
partes do espectro organizacional são os sistemas
socialistas e os sistemas capitalistas, nos quais
ocorre a maior parte da produção, respectivamente em
empresas estatais e privadas. Entre esses extremos
estão as economias mistas. Um elemento comum é a
interação de influências políticas e econômicas,
amplamente descritas como economia política.
Sistemas econômicos comparados é a área que estuda a
performance e o comportamento relativos de
diferentes economias ou sistemas.
Economia
internacional
O comércio internacional estuda
os determinantes dos fluxos de bens e serviços
através das fronteiras internacionais. Finanças
internacionais é uma área de estudo na macroeconomia
que examina os fluxos de capital através das
fronteiras internacionais e os efeitos desses
movimentos nas taxas de câmbio. O aumento do
comércio de bens, serviços e capitais entre países é
um dos maiores efeitos da globalização
contemporânea.
A primeira teoria de comércio
internacional (teoria clássica de comércio
internacional) foi formulada no início do século XIX
por David Ricardo, também sendo conhecida por Teoria
das Vantagens Comparativas ou Princípio das
Vantagens Comparativas. Os economistas
estudam as decisões de produção, troca e consumo,
como aquelas que ocorrem num mercado tradicional.
Metodologia da economia
A economia
enquanto uma disciplina contemporânea se fia em
estilos rigorosos de argumentação. Os objetivos
incluem a formulação de teorias que sejam mais
simples, mais frutíferas e mais confiáveis do que
outras teorias ou nenhuma teoria. A análise pode
começar com um simples modelo que propõe uma
hipótese de uma variável a ser explicada por outra
variável. Com frequência uma hipótese em
economia é somente qualitativa, não quantitativa.
Isto é, a hipótese implica a direção de uma mudança
em uma variável, não o tamanho da mudança, para uma
certa mudança de outra variável.
Para
clareza de exposição, a teoria pode proceder com a
suposição de ceteris paribus, isto é, mantendo
constante outros termos explicatórios que não aquele
em questão. Por exemplo, a teoria quantitativa da
moeda prediz um aumento no valor nominal da produção
a partir de um aumento da oferta de moeda, ceteris
paribus.
A teoria econômica é aberta às
críticas de que ela confia em suposições
irrealistas, não verificáveis ou altamente
simplificadas. Um exemplo é a suposição da
maximização do lucro pelas firmas competitivas.
Respostas de executivos a perguntas sobre os fatores
que afetam as suas decisões podem mostrar nenhum
cálculo desse tipo.
Métodos quantitativos e
matemáticos
A ciência econômica como
disciplina acadêmica frequentemente usa métodos
geométricos, além de métodos literários.
Outros métodos quantitativos e matemáticos também
são frequentemente usados para análises rigorosas da
economia ou de áreas dentro da economia. Tais
métodos incluem os seguintes.
Economia
matemática
A economia matemática se refere a
aplicações de métodos matemáticos para representar a
teoria econômica ou analisar problemas surgidos na
economia. Esses métodos incluem cálculo e álgebra
matricial. Autores citam suas vantagens na
formulação e derivação de relações centrais em um
modelo econômico com clareza, generalidade, rigor, e
simplicidade. Por exemplo, o livro de Paul Samuelson
Fundamentos da Análise Econômica (1947) identifica
uma estrutura matemática comum através de vários
campos da disciplina.
Econometria
A
econometria aplica métodos matemáticos e
estatísticos para analisar dados relacionados com
modelos econômicos.
Por exemplo, uma teoria
pode levantar a hipótese de que pessoas com mais
educação irão ter renda mais alta, na média, do que
uma pessoa com menos educação, mantido o resto
constante. Estimativas econométricas podem delimitar
a magnitude e a significância estatística da
relação. A econometria pode ser usada para tecer
generalizações quantitativas. Essas incluem testar
ou refinar uma teoria, descrever uma relação de
variáveis no passado e prever variáveis futuras.
Teoria dos jogos
A teoria dos jogos é um
ramo da matemática aplicada que estuda as interações
estratégicas entre agentes. Nos jogos estratégicos,
agentes escolhem estratégias que irão maximizar suas
vantagens, dadas as estratégias que os outros
agentes escolherem.
Ela fornece uma
abordagem que envolve modelagem formal para
situações sociais em que os tomadores de decisão
interagem com outros agentes. A teoria dos
jogos generaliza abordagem de maximização
desenvolvidas para analisar mercados como o modelo
de oferta e demanda. O campo de estudo remonta ao
clássico de 1944 Teoria dos Jogos e Comportamento
Econômico de John von Neumann e Oskar Morgenstern,
que encontrou aplicações significativas em muitas
áreas fora da economia propriamente dita, inclusive
formulações em estratégia nuclear, ética, ciência
política, e teoria evolucionária.
Contas
nacionais
A contabilidade nacional é um
método para listar a atividade econômica agregada de
uma nação. As contas nacionais são sistemas
contábeis de partidas dobradas que fornecem
informações detalhadas sobre a atividade econômica
de um país. Essas incluem o produto nacional bruto
(PNB), que fornece estimativas para o valor
monetário da produção e da renda por ano ou por
trimestre. O PNB permite que se acompanhe a
performance de uma economia e seus componentes ao
longo de ciclos econômicos ou períodos históricos.
Dados de preços pedem permitir a distinção entre
valores reais e nominais, isto é, corrigir totais
monetários para refletir as variações nos preços ao
longo do tempo.
As contas nacionais também
incluem aferições do estoque de capital, riqueza de
uma nação, e fluxos internacionais de capital.
Economista
A profissionalização da
economia, refletida no crescimento dos cursos de
graduação, tem sido descrito como "a principal
mudança na economia desde 1900." A maioria das
maiores universidades e faculdades tem um curso,
escola ou departamento em que títulos acadêmicos são
concedidos no tema. O Prêmio Nobel de Economia é um
prêmio anual concedido a economistas que fazem
notáveis contribuições à disciplina. No setor
privado, economistas profissionais encontram emprego
como consultores, principalmente nos setores
bancário e de finanças. Já no setor público podem
trabalhar em várias agências e departamentos como o
Ministério da Fazenda, Tesouro Nacional, CVM, Banco
Central, entre outros.
Historia do
pensamento econômico
O pensamento econômico
na Antiguidade remonta às civilizações
mesopotâmicas, Grega, Romana, Indiana, Chinesa,
Persa e àrabe. Dentro os autores mais notáveis estão
Aristóteles, Chanakya, Qin Shi Huang, Tomás de
Aquino e Ibn Khaldun. Joseph Schumpeter considerou
inicialmente a escolástica tardia do período que vai
do século XIV ao XVII como a "que chega mais perto
do que qualquer outro grupo de ser os 'fundadores'
da economia científica quanto às teoria monetária,
de juros e do valor dentro de uma perspectiva das
leis naturais.
Depois de descobrir a obra
Muqaddimah de Ibn Khaldun, no entanto, Schumpeter
mais tarde considerou Ibn Khaldun o mais próximo
antecedente da economia moderna,[64] uma vez que
muitas das suas teorias econômicas não eram
conhecidas na Europa até épocas modernas.
Dois outros grupos, mais tarde chamados de '
mercantilistas e 'fisiocratas', influenciaram mais
diretamente o desenvolvimento subsequente da
disciplina. Ambos os grupos estavam associados com a
ascensão do nacionalismo econômico e do capitalismo
moderno na Europa. O mercantilismo era uma doutrina
econômica que floresceu do século XVI ao XVIII
através de uma prolífica literatura de panfleto quer
de autoria de mercantes ou estadistas.
Defendiam a idéia de que a riqueza de uma nação
dependia da sua acumulação de ouro e prata. Nação
que não tinham acesso à minas poderiam obter ouro e
prata através do comércio internacional apenas se
vendessem bens ao exterior e restringissem as
importações que não fossem de ouro e prata. A
doutrina advogava a importação de matérias-primas
baratas para serem transformadas em produtos
manufaturados destinados à exportação e também o
intervencionismo estatal no sentido de impor tarifas
protecionistas à importação de produtos
manufaturados e a proibição de manufaturas nas
colônias.
Os fisiocratas, um grupo de
pensadores e escritores franceses do século XVIII,
desenvolveram a idéia da economia como um fluxo
circular. Adam Smith descreveu esse sistema com
"todas as suas imperfeições" como "talvez a mais
pura aproximação da verdade que já foi publicada" no
assunto. Os fisiocratas acreditavam que somente a
produção agrícola gerava um claro excedente sobre o
custo, de forma que a agricultura constituía a base
de toda riqueza. Assim, eles se opunham às
políticas mercantilistas de promoção das manufaturas
e do comércio em detrimento da agricultura,
inclusive tarifas de importação. Advogavam a
substituição do complexo e custoso sistema de
arrecadação de tributos por um único imposto sobre a
renda dos proprietários de terra. Variações sobre
tal imposto fundiário foram retomadas por
economistas posteriores (inclusive Henry George um
século mais tarde) como uma fonte de receita que não
distorcia tanto a economia. Como reação ás copiosas
regulamentações mercantilistas, os fisiocratas
defendiam uma política de laissez-faire, que
consistia numa intervenção estatal mínima na
economia.
Economia clássica
Adam
Smith, autor da The Wealth of Nations, A Riqueza das
Nações em português (1776), geralmente tido como pai
da economia moderna.Apesar das discussões sobre
produção e distribuição terem uma longa história, a
ciência econômica no seu sentido moderno como uma
disciplina separada é convencionalmente datada a
partir da publicação de A Riqueza das Nações de Adam
Smith em 1776. Nesse trabalho, ele descreve a
disciplina nesses exatos termos:
Economia
política, considerada um ramo da ciência do
estadista ou do legislador, propõe dois objetos
distintos: primeiro, suprir renda ou produtos em
abundância para o povo, ou, mais apropriadamente,
possibilitar que provenham tal renda ou provento por
si sós; e segundo, suprir o Estado ou Commonwealth
com uma renda suficiente para os serviços públicos.
Ela se propõe a enriquecer tanto o povo quanto o
soberano. Smith se referia à disciplina como
'economia política', mas esse termo foi gradualmente
substituído por ciência econômica (economics) depois
de 1870.
A publicação da obra A Riqueza das
Nações de Adam Smith em 1776, tem sido descrita como
o "efetivo nascimento da economia como uma
disciplina separada." O livro identificava o
trabalho, a terra e o capital como os três fatores
de produção e maiores contribuidores para a riqueza
de uma nação. Para Smith, a economia ideal
seria um sistema de mercado auto-regulador que
automaticamente satisfaria as necessidades
econômicas da população. Ele descreveu o mecanismo
de mercado como uma "mão invisível" que leva todos
os indivíduos, na busca de seus próprios interesses,
a produzir o maior benefício para a sociedade como
um todo.
Smith incorporou algumas das idéias
dos fisiocratas, inclusive o laissez-faire, nas suas
próprias teorias econômicas, mas rejeitou a idéia de
que somente a agricultura era produtiva.
Na
sua famosa analogia da mão invisível, Smith
argumentou em favor da noção, aparentemente
paradoxal de que os mercados competitivos tendem a
satisfazer às necessidades sociais mais amplas,
apesar de ser guiado por interesses-próprios. A
abordagem geral que Smith ajudou a formular foi
chamada do economia política e mais tarde de
economia clássica e incluiu nomes notáveis como
Thomas Malthus, David Ricardo e John Stuart Mill,
que escreveram de 1770 a 1870, aproximadamente.
Enquanto Adam Smith enfatizou a produção de
renda, David Ricardo na sua distribuição entre
proprietários de terras, trabalhadores e
capitalistas. Ricardo enxergou um conflito inerente
entre proprietários de terras e capitalistas. Ele
propôs que o crescimento da população e do capital,
ao pressionar um suprimento fixo de terras, eleva os
aluguéis e deprime os salários e os lucros.
Thomas Robert Malthus usou a idéia dos retornos
decrescentes para explicar as baixa condições de
vida na Inglaterra. De acordo com ele, a população
tendia a crescer geometricamente sobrecarregando a
produção de alimentos, que cresceria
aritmeticamente. A pressão que uma população
crescente exerceria sobre um estoque fixo de terras
significa produtividade decrescente do trabalho, uma
vez que terras cada vez menos produtivas seriam
incorporadas à atividade agrícola para suprir a
demanda. O resultado seria salários
cronicamente baixos, que impediriam que o padrão de
vida da maioria da população se elevasse acima do
nível de subsistência. Malthus também questionou a
automaticidade da economia de mercado para produzir
o pleno emprego. Ele culpou a tendência da economia
de limitar o gasto por causa do excesso de poupança
pelo desemprego, um tema que ficou esquecido por
muitos anos até que John Maynard Keynes a reviveu
nos anos 1930.
No final da tradição clássica,
John Stuart Mill divergiu dos autores anteriores
quanto a inevitabilidade da distribuição de renda
pelos mecanismos de mercado. Mill apontou uma
diferença dois papéis do mercado: alocação de
recursos e distribuição de renda. O mercado pode ser
eficiente na alocação de recursos mas não na
distribuição de renda, ele escreveu, de forma que
seria necessário que a sociedade intervenha.
A teoria do valor foi importante na teoria clássica.
Smith escreveu que "o preço real de qualquer coisa…
é o esforço e o trabalho de adquiri-la" o que é
influenciado pela sua escassez. Smith dizia que os
aluguéis e os salários também entravam na composição
do preço de uma mercadoria. Outros economistas
clássicos apresentaram variações das idéias de
Smith, chamada 'Teoria do valor-trabalho'.
Economistas clássicos se focaram na tendência do
mercado de atingir o equilíbrio no longo prazo.
Economia marxiana
The Marxist school of
economic thought comes from the work of German
economist Karl Marx.A economia marxista, mais tarde
chamada marxiana, descende da economia clássica, em
particular da obra de Karl Marx. O primeiro volume
da obra-prima de Marx, O Capital, foi publicada em
alemão em 1867. Nela, Marx foca na teoria do
valor-trabalho e o que ele considera a exploração do
trabalho pelo capital. Assim, a teoria do
valor-trabalho, além de ser uma simples teoria dos
preços, se transformou em um método para medir a
exploração do trabalho num sistema capitalista,
apesar de disfarçadas pela economia política
"vulgar".
Economia neoclássica
Um
corpo teórico mais tarde chamado de 'economia
neoclássica' ou 'economia marginalista' se formou
entre 1870 e 1910. A expressão economics foi
popularizada na língua inglesa por economistas
neoclássicos como Alfred Marshall, como substituto
para 'economia política'.
A economia
neoclássica sistematizou a oferta e demanda como
determinantes conjuntos do preço e da quantidade
transacionada em um equilíbrio de mercado, afetando
tanto a alocação da produção quanto a distribuição
de renda. Ela dispensou a teoria do valor-trabalho
em favor da teoria do valor-utilidade marginal no
lado da demanda e uma teoria mais geral de custos no
lado da oferta.
Na microeconomia, a economia
neoclássica diz que os incentivos e os custos tem um
papel importante no processo de tomada de decisão.
Um exemplo imediato disso é a teoria do consumidor
da demanda individual, que isola como os preços
(enquanto custos) e a renda afetam a quantidade
demandada. Na macroeconomia é refletida numa antiga
e duradoura síntese neoclássica com a macroeconomia
keynesiana.
A economia neoclássica é a base
do que hoje é chamada economia ortodoxa, tanto pelos
críticos quanto pelos simpatizantes, mas com muitos
refinamentos que ou complementam ou generalizam as
análises anteriores , como a econometria, a teoria
dos jogos, a análise das falhas de mercado e da
competição imperfeita, assim como o modelo
neoclássico do crescimento econômico para a análise
das variáveis de longo-prazo que afetam a renda
nacional.
Economia keynesiana
John
Maynard Keynes (acima, a direita), grandemente
considerado um dos maiores nomes da economia.A
economia keynesiana deriva de John Maynard Keynes,
em particular do seu livro A Teoria Geral do
Emprego, do Juro e da Moeda (1936), que deu início à
macroeconomia como um campo de estudo distinto. O
livro foca nos determinantes da renda nacional no
curto prazo, em que os preços são relativamente
inflexíveis.
Keynes tentou explicar com
riqueza de detalhes teóricos por que o alto
desemprego poderia não ser auto-corrigido devido a
baixa "demanda efetiva" e por que mesmo a
flexibilidade dos preços e a política monetária pode
não ser suficiente para corrigir a situação.
Expressão como "revolucionário" foram aplicadas ao
livro devido ao seu impacto na análise econômica.
A economia keynesiana teve dois sucessores. A
economia pós-keynesiana também se concentra na
rigidez e nos processos de ajustes macroeconômicos.
Pesquisa a respeito dos microfundamentos para os
seus modelos é tida como baseada em práticas da vida
real e não simplesmente em modelos otimizadores. é
geralmente associada à Universidade de Cambridge e à
obra de Joan Robinson. A nova economia keynesiana
também está associada com desenvolvimentos à maneira
keynesiana.
Nessa escola os pesquisadores
tendem a compartilhar com outros economistas a
ênfase nos modelos que aplicam os microfundamentos e
comportamento maximizador mas com um foco mais
restrito, nos temas keynesianos padrão, como preço e
rigidez dos salários.
Escolas e abordagens
Outras escolas reconhecidas ou linhas de
pensamento relacionadas a um estilo próprio de fazer
economia, disseminadas por um grupo bem conhecido de
acadêmicos incluem a escola austríaca, Escola de
Chicago, a escola de Freiburg, a escola de Lausanne
e a escola de Estocolmo.
Dentro da
macroeconomia há, em ordem geral de aparecimento na
literatura: economia clássica, economia keynesiana,
a síntese neoclássica, economia pós keynesiana,
monetarismo, nova economia clássica e economia do
lado da oferta. Novos desenvolvimentos alternativos
incluem economia ecológica, economia evolucionária,
teoria da dependência, economia estruturalista,
teoria dos juros da abstinência e teoria dos
sistemas mundiais.
Definições históricas da
economia
Discussões influentes nos primórdio
da economia política estavam relacionadas com a
riqueza amplamente definida, como na obra de David
Hume e Adam Smith. Hume argumentava que ouro
adicional sem incremento da produção só servia para
aumentar os preços. Smith também descreveu a riqueza
real como, não em termos de ouro e prata como
anteriormente, mas como a "produção anual do
trabalho e da terra da sociedade."
John
Stuart Mill definiu a economia como "a ciência
prática de produção e distribuição de riqueza"; esta
foi a definição adotada pelo Concise Oxford English
Dictionary apesar de não incluir o papel vital do
consumo. Para Mill, a riqueza é definida como o
estoque de coisas úteis.
Definições da
disciplina em termos de riqueza enfatizam a produção
e o consumo. Essa definição foi acusada pelos
críticos por ser estreita demais, colocando a
riqueza à frente do homem. Por exemplo, John Ruskin
chamou a economia política de "a ciência de ficar
rico" and a "bastard science."
Definições
mais amplas se desenvolveram para incluir o estudo
do homem, da atividade humana e do seu bem-estar.
Alfred Marshall, no seu livro Principles of
Economics, escreveu, "A Economia Política ou
Economia é um estudo da humanidade nos negócios da
vida cotidiana; ela examina essa parte do indivíduo
e da ação social que é mais fortemente ligada ao uso
dos requisitos materiais para o bem-estar."
Crítica
A economia é uma ciência?
Uma
das características de qualquer ciência é o uso do
método científico e a habilidade de estabelecer
hipóteses e fazer predições que possam ser testadas
com dados empíricos onde os resultados são passíveis
de repetição e demonstráveis para outros quando as
mesmas condições estão presentes. Em um
certo número de áreas aplicadas, experimentos em
economia tem sido conduzidos: o que inclui os
sub-campos da economia experimental e comportamento
do consumidor, focados na experimentação usando
sujeitos humanos; e o sub-campo da econometria,
focada em testar hipóteses quando os dados
estatísticos não são gerados em experimentos
controlados. No entanto, de forma parecida com o que
se dá em outras ciências sociais, pode ser difícil
para economistas conduzirem certos experimentos
formais devido a questões práticas e morais
envolvendo sujeitos humanos.
O status das
ciências sociais como uma ciência empírica ou mesmo
uma ciência, tem sido objeto de discussão desde o
século XX. Alguns filósofos e cientistas,
notavelmente Karl Popper, tem afirmado que nenhuma
hipótese, proposição ou teoria empíricas, podem ser
consideradas científicas se nenhuma observação puder
ser feita que possa contradizê-las, insistindo numa
falseabilidade estrita (ver Controvérsia do
positivismo). Críticos alegam que a economia não
pode sempre atingir a falseabilidade popperiana, mas
economistas apontam os muitos exemplos de
experimentos controlados que fazem exatamente isso,
apesar de conduzidos em laboratório.
Enquanto
a economia tem produzido teorias que se
correlacionam com a observação do comportamento na
sociedade, a economia não gera leis naturais ou
constantes universais devido à sua dependência de
argumentos não-físicos. Isso tem levado alguns
críticos a argumentar que a economia não é uma
ciência. Em geral, economistas respondem que
enquanto esse aspecto apresenta sérias dificuldades,
eles de fato testam suas hipóteses usando métodos
estatísticos como a econometria e dados gerados no
mundo real. O campo da economia experimental tem
feito esforços para testar pelo menos algumas das
predições de teorias econômicas em ambientes
simulados em laboratório – um esforço que rendeu a
Vernon Smith e Daniel Kahneman o Prêmio Nobel em
Economia em 2002.
Apesar de que a maneira
convencional de conectar um modelo econômico com o
mundo é através da análise econométrica, a
professora e economista Deirdre McCloskey, através
da crítica McCloskey, cita muitos exemplos em que
professores de econometria usaram os mesmos dados
para tanto provar e negar a aplicabilidade das
conclusões de um modelo. Ela argumenta que
muito dos esforços dispendidos por economistas em
equações analíticas é essencialmente esforço
desperdiçado (posição seguida por economistas
brasileiros como Pérsio Arida) Econometristas tem
respondido que essa é uma objeção à qualquer
ciência, não apenas à economia. Críticos da crítica
de McCloskey replicam dizendo que, entre outras
coisas, ela ignora exemplos em que a análise
econômica é conclusiva e que as suas afirmações são
ilógicas. No entanto, cientistas físicos geralmente
são capazes de demonstrar que a complexidade das
equações envolvidas em seu trabalho espelham a
complexidade dos fenômenos em estudo. As complexas
equações em economia parecem funcionar mais como um
disfarce para a falta de evidência empírica e para o
fracasso em considerar apropriadamente os fatores
psicológicos que interferem nos fenômenos estudados.
O filósofo e ganhador do Prêmio Nobel Friedrich
Hayek achava que a economia era uma ciência social,
mas argumentava que a propensão para imitar os
métodos e procedimentos das ciências físicas na
economia leva ao erro e seria decididamente
não-científica, uma vez que envolve uma aplicação
mecânica e não-crítica dos hábitos de pensamento à
áreas distintas daquelas em que foram formados.
A economia já foi chamada humorosamente de a
"ciência sombria". Apesar de que a verdadeira origem
dessa designação do século XIX é controversa, ela
conseguiu se firmar como um nome depreciativo para a
economia.
Crítica das suposições
Certos modelos usados por economistas dentro da
economia tem sido criticados, às vezes por outros
economistas, pela sua dependência de suposições
irrealistas, não-observáveis ou não-verificáveis.
Uma resposta a essas críticas tem sido que as
suposições irrealistas resultam de abstrações que
ignoram detalhes desimportantes, e que tais
abstrações são necessárias em um mundo real
complexo, o que significa que, ao invés de as
suposições irrealistas afetarem o valor epistêmico
da economia, tais suposições são essenciais para a
formação do conhecimento em economia. Um
estudo chamou essa explicação de "defesa
abstracionista" e concluiu que essa "defesa
abstracionista" não invalida a crítica das
suposições irrealistas. No entanto, é importante
notar que enquanto uma escola detém a maioria, o
consenso ainda está longe de ser alcançado em todas
as questões em economia e múltiplas áreas afirmam
deter insights mais empiricamente justificáveis.
Suposições e observações
Muitas críticas
à economia giram em torno da crença de que as
afirmações fundamentais da economia são suposições
inquestionáveis sem qualquer evidência empírica.
Muitos economistas respondem dando exemplos de
conceitos que costumavam ser tido como "axiomas" na
economia que acabaram por ser consistentes com a
observação empírica (veja três exemplos abaixo),
concordando, no entanto, que essas observações
revelam que o pressuposto original era simplificado
demais.
Racionalidade = Interesse-próprio:
Isso se refere à crença ou axioma compartilhado por
muitos economistas do mainstream que "racionalidade"
implica "interesse-próprio" e vice-versa. No entanto
isso não descarta o altruísmo. O altruísmo pode ser
visto como um caso em que o interesse-próprio de um
indivíduo inclui fazer o bem aos outros.
Outros pontos de vista afirmam que essa afirmação
não deixa muito espaço para o altruísmo, e na
verdade o desencoraja, um tanto como um dilema do
prisioneiro global.i.e.: Se pessoas "racionais" não
são altruístas, então eu também não deveria ser, ad
infinitum. No entanto, esse "axioma" tem, desde
então, sido sujeitado a vários experimentos e mesmo
o altruísmo, quando todas as pressões sociais são
consideradas, poderia ser modelado como uma forma de
interesse-próprio.
Bem-estar = Consumo: Isso
se refere ao axioma ou crença compartilhada por
muito economistas do mainstream de que seres humanos
são felizes se e quando consomem. Além de outra
"verdade aceita", a da insaciabilidade do consumo,
isso implica que seres humanos nunca podem
permanecer felizes. Apesar de que a crença original
era simplificada demais (e talvez não muito
representativa das crenças da maioria dos
economistas hoje), observações empíricas agora tem
confirmado uma relação o senso de bem-estar e
determinados fatores como a renda.
Atomismo:
Isso se refere à crença compartilhada por alguns
economistas do mainstream que seres humanos são
atomistas, ie.suas preferências são independentes.
Essa é outra simplificação tanto da economia quanto
das crenças específicas dos economistas. Modelagem
baseada nos agentes e a economia experimental tem
produzido resultados que são indicativos dessa
teoria.
Uma defesa comum dos axiomas acima
era que eles permitiam que os problemas fossem
"tratáveis". No entanto, depois que detalhes
específicos foram observados através da pesquisa
econômica em muitos experimentos controlados, as
suposições originais foram refinadas e não são mais
tecnicamente "axiomas" da economia ortodoxa.
Crítica das contradições
A economia é um
campo de estudo com várias escolas e correntes de
pensamento. Como resultado, há uma distribuição
significativa de opiniões, abordagens e teorias.
Algumas dessas chegam a conclusões opostas ou,
devido à diferenças nos pressupostos, se
contradizem.
Crítica às definições de
bem-estar e escassez na economia
A definição
da economia de bem-estar material é criticada por
ser considerada materialista demais. Ela ignora, por
exemplo, os aspectos não-materiais dos serviços de
um médico ou uma bailarina. Uma teoria dos salários
que ignorasse as somas pagas por esses serviços
imateriais seria incompleta. O bem-estar
não podia ser medido quantitativamente porque a
significância marginal do dinheiro difere entre o
rico e o pobre (isto é, $100 é relativamente mais
importante para o bem-estar de uma pessoa pobre do
que para uma rica). Além disso, as atividades de
produção e distribuição de bens como o álcool e o
tabaco podem não levar a um aumento do bem-estar
humano, mas esses bens escassos satisfazem desejos
de consumo inatos.
A Economia marxista ainda
se concentra em uma definição específica de
bem-estar. Além disso, muitas críticas à economia
ortodoxa começaram a partir do argumento de que a
prática econômica atual não mensura adequadamente o
bem-estar, mas simplesmente monetiza a atividade
humana, o que constitui uma aproximação inadequada
da ideia de bem-estar.
O foco na escassez
continua a dominar a economia neoclássica, que
também predomina na maioria dos departamentos
acadêmicos de economia. Ela tem sido criticada
recentemente a partir dos mais variados ponto de
vista, como a economia institucionalista, a economia
evolucionária e a economia do excedente.
Alguns economistas, como John Stuart Mill ou Leon
Walras, defenderam a ideia de que a produção de
riqueza não deveria ser limitada à sua distribuição.
A economia per se, como ciência social, não
se baseia em atos políticos de qualquer governo ou
outra organização política, no entanto, muitos
políticos ou indivíduos em posições de mando que
podem influenciar as vidas de outras pessoas são
conhecidas por usarem arbitrariamente uma infinidade
de conceitos da teoria econômica e retórica como
veículos para legitimizar agendas e sistemas de
valor, e não limitam suas observações aos assuntos
relevantes para as suas responsabilidades. A íntima
relação de teoria e prática econômica com a política
é um foco de disputas que pode nublar ou distorcer
as ideias originais mais despretensiosas da
economia, e é frequentemente confundida com agendas
sociais específicas e sistemas de valor.
Questões como a independência do banco central,
políticas do banco central e retórica nos discursos
de presidentes do banco central sobre as premissas
das políticas macroeconômicas (monetária e fiscal)
dos Estados, são focos de dissenso e ceticismo.
Economia e ideologias
Por exemplo, é
possível associar a promoção da democracia por parte
dos EUA pela força no século XXI, o trabalho de Karl
Marx no século XIX ou o embate entre capitalismo e
comunismo durante a guerra fria como questões de
economia. Apesar da economia não fazer quaisquer
juízos de valor, essa pode ser uma das razões pelas
quais a economia pode ser vista como não baseada na
observação empírica e no teste de hipóteses. Como
uma ciência social, a economia tenta se focar nas
consequências e eficiências observáveis de
diferentes sistemas econômicos sem necessariamente
fazer nenhum juízo de valor a respeito de tais
sistemas - por exemplo, ao examinar a economia de
sistemas autoritários, igualitários, ou mesmo um
sistema de castas sem fazer quaisquer julgamentos a
respeito da moralidade de qualquer um deles.
Ética e economia
A relação entre ética e
economia é complexa. Muitos economistas consideram
escolhas normativas e juízos de valor - como o que
seria preciso ou necessário, ou o que seria melhor
para a sociedade - questões pessoais ou políticas
fora do âmbito da economia. Uma vez que um governo
ou economia estabelece um conjunto de objetivos, a
economia pode fornecer insight sobre a melhor forma
de se atingi-los.
Outros enxergam a
influência das idéias econômicas, como aquelas que
permeiam o capitalismo moderno, promovendo um
determinado sistema de valores com os quais eles
podem ou não concordar. (Veja, por exemplo,
consumismo e Dia do Compre Nada.) De acordo com
alguns pensadores, uma teoria econômica também é, ou
implica, uma teoria de raciocínio moral.
A
premissa do consumo RESPONTISMO é que o consumidor
deve levar em consideração preocupações éticas e
ambientais, além das tradicionais considerações
econômicas e financeiras, quando tomar decisões de
compra.
Por outro lado, a alocação racional
dos recursos limitados em prol do bem e segurança
públicos também é uma área da economia. Alguns tem
apontado que não estudar as melhores formas de
alocar recursos para metas como saúde e segurança, o
meio-ambiente, justiça, ou assistência a desastres
seria uma forma de ignorância voluntária que
resultaria em menos bem-estar ou mesmo em mais
sofrimento. Nesse sentido, não seria ético ignorar o
lado econômico de tais questões.
Efeito na
sociedade
Alguns poderiam dizer que
estruturas de mercado e outras formas de
distribuição de bens escassos, sugeridos pela
economia, afetam não apenas seus "desejos e
vontades" mas também "necessidades" e "hábitos".
Muito da chamada "escolha" econômica é considerada
involuntária, certamente dada por condicionamento
social porque as pessoas passaram a esperar uma
certa qualidade de vida. Isso leva a uma das mais
debatidas áreas na política econômica hoje, a saber,
o efeito e eficácia das políticas de bem-estar.
Os libertários enxergam isso como uma falha com
respeito ao raciocínio econômico - eles argumentam
que a redistribuição de riqueza é moral e
economicamente errada. Já os socialistas vêem aí uma
falha da economia em respeitar a sociedade,
argumentando que as disparidades de renda não
deveriam ter sido permitidas para começar. Essa
controvérsia levou à economia do trabalho no séc XIX
e na economia de bem-estar no século XX antes se
serem incluídas na teoria do desenvolvimento humano.
O antigo nome da economia, economia política,
ainda é frequentemente usado em vez de "economia",
especialmente por algumas escolas como a marxista. O
uso dessa expressão normalmente sinaliza um
desacordo fundamental com a terminologia ou
paradigma da economia de mercado. A economia
política traz explicitamente considerações políticas
e sociais em sua análise e é, portanto, amplamente
normativa.
A economia marxista geralmente
nega o trade-off de tempo por dinheiro. No ponto de
vista marxista, é o trabalho que define o valor das
mercadorias. As relações de troca dependem de que
haja trabalho prévio para a determinação de preços.
Os meios de produção são portanto a base compreender
a alocação de recursos entre as classes, já que é
nesta esfera que a riqueza é produzida. A escassez
de qualquer recurso físico em particular é
subsidiário à questão central das relações de poder
atrelada ao monopólio dos meios de produção
Economia e negócios
Tópicos relacionados
Administração financeira Ajuda econômica
Análise Econômica de Sistemas de Informações
Banco Mundial Bovespa Calendário econômico
Ciência sombria Comércio Criação monetária
Deficit comercial Dependência econômica
Depressão econômica Desenvolvimento econômico
Dinheiro Eco-economia Economia Agrária
Economia - atividade humana Economia Aziendal
Economia computacional Economia do Ambiente
Economia da Informação Economia dos Transportes
Economia do Turismo Economia ecológica
Economia da felicidade Economia feminista
Economia global Economia informal Economia
mundial Economia participativa Economia
Regional Economia solidária Economia Urbana
Economias de nações e Estados contemporâneos
Economista Escambo Felicidade nacional bruta
Feudalismo Historia da Economia História da
Moeda Indicadores econômicos Investigação
Operacional Marketing Marxismo
Mercado
de Capitais Metodologia da Economia Moeda
Mudança climática Negociação Oligopólio
Política monetária Prémio de Ciências Econômicas
em Memória de Alfred Nobel
Recessão econômica
Riqueza Sanção econômica Sistema monetário
lastreado em dívida Sistema Mundo Suprimento
de dinheiro Socioeconomia Sociologia econômica
Subdesenvolvimento Suprimento Superávit
comercial Taxa de câmbio Teoria dos Jogos
Teoria dos mundos
"Quando todos rios secarem,
a última árvore cortada e a matéria prima chegar ao
fim, a economia também deixa de existir".
Referências:
1. Harper, Douglas (November
2001). Online Etymology Dictionary - Economy (HTML)
(em inglês). Página visitada em 27 de julho de 2010.
2. Clark, B. (1998). Political-economy: A
comparative approach. Westport, CT: Preager. 3.
Davis, John B. (2006). "Heterodox Economics, the
Fragmentation of the Mainstream, and Embedded
Individual Analysis," in Future Directions in
Heterodox Economics. Ann Arbor: University of
Michigan Press. 4. a b Krugman, Paul R; Wells,
Robin.. Economic. New York, NY: Worth Publishers,
2009. p. 27. ISBN 978-0-7167-7158-6 5. Varian,
Hal R. Intermediate microeconomics : a modern
approach. New York: W.W. Norton, 1987. p. 461-463.
ISBN 978-0-393-95554-5 6. Cahuc, Pierre. La
Nouvelle microéconomie. Paris: Repères La
découverte, 1993. p. 6. 7. Menger. . [S.l.:
s.n.], 1891. 8. Walras, Leon. Études economiques
politiquée appliquée (Theorie de la Production de la
Richesse sociale). [S.l.: s.n.], 1898. 9. Pareto,
Vilfredo. Cours d'économie politique. [S.l.]:
F.Rouge, 1897. 10. Guerrien, Bernard.
Dictionnaire d'analyse économique: microéconomie,
macroéconomie, théorie des jeux, etc.. [S.l.]: La
Découverte, 2002. ISBN 9782707136442 11.
Buchanan, James M. (1987). "opportunity cost". The
New Palgrave: A Dictionary of Economics 3. 718-21.
12. Economics A-Z, "OPPORTUNITY COST" (em
inglês). The Economist. Página visitada em 10 de
agosto de 2010. 13. Bradfield, James.
Introduction to the economics of financial markets.
[S.l.]: Oxford University Press US, 2007.:8 14. a
b Montani, Guido (1987). "scarcity". The New
Palgrave: A Dictionary of Economics 4. 254. 15.
a b c d Samuelson, Paul A., William D. Nordhaus.
Economics. [S.l.]: McGraw-Hill, 2004. 16.
Groenewegen, Peter (1987). "division of labour". The
New Palgrave: A Dictionary of Economics 1. 901-05.
17. Johnson, Paul M. (2005). A Glossary of
Political Economy Terms, "Specialization,". Página
visitada em 2 de setembro de 2011. 18. Yang,
Xiaokai; Yew-Kwang Ng. Specialization and Economic
Organization. Amsterdam: North-Holland, 1993. 19.
"Adam Smith". The Concise Encyclopedia of Economics.
(2008). Online: Library of Economics and Liberty.
20. Cameron, Rondo. A Concise Economic History
of the World: From Paleolithic Times to the Present.
Oxford: [s.n.], 1993, 2ª ed.. p. 25, 32, 276-80.
21. Findlay, Ronald (1987). "comparative advantage,"
The New Palgrave: A Dictionary of Economics, v. 1,
pp. 514-17. 22. Kemp, Murray C. (1987). "gains
from trade". The New Palgrave: A Dictionary of
Economics 2. 453-54. 23. Baumol, William J.
(2007). "Economic Theory" (Measurement and ordinal
utility). The New Encyclopædia Britannica, v. 17, p.
719. 24. John Richard Hicks. Value and Capital.
London: Oxford University Press. 2nd ed., paper,
2001. ISBN 978-0198282693 25. Freeman, R.B.
(1987). "labour economics", The New Palgrave: A
Dictionary of Economics, v. 3, pp. 72–76. •
Taber, Christopher, and Bruce A. Weinberg (2008).
"labour economics (new perspectives)," The New
Palgrave Dictionary of Economics, 2nd Edition,
Abstract. • Hicks, J.R. (1963, 2nd ed.). The
Theory of Wages. London: Macmillan. 26. Brody, A.
(1987). ""prices and quantities," The New Palgrave:
A Dictionary of Economics, v. 3, p. 957. 27.
Jordan, J.S. (1982). "The Competitive Allocation
Process Is Informationally Efficient Uniquely."
Journal of Economic Theory, 28(1), p. 1-18. 28.
Blaug, Mark (2007). "The Social Sciences:
Economics". The New Encyclopædia Britannicav. 27, p.
347. Chicago. ISBN 0-85229-423-9 29. Samuelson,
Paul A., and William D. Nordhaus (2004), Economics,
pp.4-5, 7-15. 30. Isso foi descrito anteriormente
pelo economista italiano Enrico Barone em 1908. Em
1939 o matemático soviético Leonid Kantorovich
generalizou e estendeu a análise. 31. Edward
Chamberlin,Joan Robinson; Theory of Monopolistic
Competition, Cambridge, Harvard University Press,
1933 32. Stigler. . [S.l.: s.n.], 1971. p. 3-21.
33. Coase. . [S.l.: s.n.], 1960. 34. Mancur
Olson, The Logic of collective action, 1966 35.
Daniel Kahneman, Toward a Positive Theory of Human
Choice, 1980 36. a b Akerlof. . [S.l.: s.n.],
1970. 37. Cahuc, Pierre. La Nouvelle
microéconomie (em francês). Paris: Repères La
découverte, 1993. p. 10. 38. a b Perrot. . [S.l.:
s.n.], 1998. p. 4. 39. Perrot. . [S.l.: s.n.],
1998. p. 4. 40. Bastable,Vernon. . [S.l.: s.n.],
1987. Bastable Vernon 1987 41. Aumann. The New
Palgrave. [S.l.: s.n.], 1987. p. 460-482. Aumann
1987 42. Kenneth J. Arrow, Uncertainty and the
Welfare Economics of Medical Care, 1963 43.
Ronald Coase, La Nature de la firme, 1937 44. Ng,
Yew-Kwang (1992). "Business Confidence and
Depression Prevention: A Mesoeconomic Perspective,"
American Economic Review 82(2), pp. 365-371. 45.
Howitt, Peter M. (1987). "macroeconomics: relations
with microeconomics".The New Palgrave: A Dictionary
of Economics, pp. 273-76. London and New York:
Macmillan and Stockton. ISBN 0-333-37235-2 46.
Blaug, Mark (2007). "The Social Sciences:
Economics," Macroeconomics, The New Encyclopædia
Britannica, v. 27, p. 349. 47. Blanchard, Olivier
Jean (1987). "neoclassical synthesis," The New
Palgrave: A Dictionary of Economics, v. 3, pp.
634-36. 48. Samuelson, Paul A., and William D.
Nordhaus (2004). Economics, cap. 27, "O Processo do
Crescimento Econômico" McGraw-Hill. ISBN
0-07-287205-5. 49. Uzawa, H. (1987). "models of
growth," The New Palgrave: A Dictionary of
Economics, v. 3, pp. 483-89. 50. Bell, Clive
(1987). "development economics," The New Palgrave: A
Dictionary of Economics, v. 1, pp. 818-26. 51. a
b Blaug, Mark (2007). "The Social Sciences:
Economics," Growth and development, The New
Encyclopædia Britannica, v. 27, p. 351. Chicago.
52. Heilbroner, Robert L. and Peter J. Boettke
(2007). "Economic Systems", The New Encyclopædia
Britannica, v. 17, pp. 908-15. 53. NA (2007).
"economic system," Encyclopædia Britannica online
Concise Encyclopedia entry. 54. Usher, D. (1987),
"real income," The New Palgrave: A Dictionary of
Economics, v. 4, p. 104. 55. Sen, Amartya (1979),
"The Welfare Basis of Real Income Comparisons: A
Survey," Journal of Economic Literature, 17(1), p p.
1-45. 56. Ruggles, Nancy D. (1987), "social
accounting". The New Palgrave: A Dictionary of
Economics. London and New York: Macmillan and
Stockton. v. 3, 377 p. ISBN 0-333-37235-2 57.
Peter Groenewegen (1987). "Division of Labour". The
New Palgrave: A Dictionary of Economics vol.3.
p.906. 58. Edmund Phelps, Économie politique,
Paris, Fayard, 2007, p.4}} 59. Musgrave, R.A.
(1987). "public finance," The New Palgrave: A
Dictionary of Economics, v. 3, pp. 1055-60. 60.
Feldman, Allan M. ((1987). "welfare economics," The
New Palgrave: A Dictionary of Economics, v. 4, pp.
889-95. 61. Friedman, David (1987). "law and
economics," The New Palgrave: A Dictionary of
Economics, v. 3, p. 144. 62. Posner, Richard A.
(1972). Economic Analysis of Law. Aspen, 7th ed.,
2007) ISBN 978-0-7355-6354-4. 63. Schmalensee,
Richard (1987). "industrial organization," The New
Palgrave: A Dictionary of Economics, v. 2, pp.
803-808. 64. NA (2007). "managerial economics".
The New Encyclopaedia Britannica. Chicago: The New
Encyclopaedia Britannica. v. 7, p. 757 p. ISBN
0-85229-423-9 65. Hughes, Alan (1987).
"managerial capitalism". The New Palgrave: A
Dictionary of Economics, v. 3, pp. 293-96. 66.
Anderson, James E. (2008). "international trade
theory", The New Palgrave: A Dictionary of
Economics, 2ª edição.Abstract. 67. Venables, A.
(2001), "international trade: economic integration,"
International Encyclopedia of the Social &
Behavioral Sciences, pp. 7843–7848. Abstract. 68.
Obstfeld, Maurice (2008). "international finance",
The New Palgrave Dictionary of Economics, 2nd
Edition. Abstract. 69. Bell, Clive (1987).
"development economics", The New Palgrave: A
Dictionary of Economics, v. 1, pp. 818–26. 70.
Colman, D and Young, T (1989) Principles of
Agricultural Economics: Markets and Prices in Less
Developed Markets and Prices 71. Freeman, R.B.
(1987). "labour economics," The New Palgrave: A
Dictionary of Economics, v. 3, pp. 72-76. 72.
Friedman, Milton (1953). "A Metodologia da Economia
Positiva" Ensaios sobre Economia Positiva,
University of Chicago Press, pp. 10, 14-15. 73.
Quirk, James (1987). "qualitative economics," The
New Palgrave: A Dictionary of Economics, v. 4, pp.
1-3. 74. Boland, Lawrence A. (2008). "assumptions
controversy." The New Palgrave Dictionary of
Economics, 2nd Edition 75. Debreu, Gerard (1987).
"mathematical economics," The New Palgrave: A
Dictionary of Economics, v. 3, pp. 401-03. 76.
Hashem, M. Pesaren (1987). "econometrics", The New
Palgrave: A Dictionary of Economics, v. 2, p. 8.
77. Aumann, R.J. (1987). "game theory," The New
Palgrave: A Dictionary of Economics, v. 2, pp.
460-82. 78. O. Ashenfelter (2001), "Economics:
Overview," The Profession of Economics,
International Encyclopedia of the Social &
Behavioral Sciences, v. 6, p. 4159. 79.
Schumpeter, Joseph A. (1954). History of Economic
Analysis, pp. 97-115. Oxford. 80. I. M. Oweiss
(1988), "Ibn Khaldun, the Father of Economics", Arab
Civilization: Challenges and Responses, New York
University Press, ISBN 0-88706-698-4. 81. Jean
David C. Boulakia (1971), "Ibn Khaldun: A
Fourteenth-Century Economist", The Journal of
Political Economy 79 (5): 1105-1118. 82. NA
(2007). "mercantilism," The New Encyclopædia
Britannica. [S.l.: s.n.]. v. 8, p. 26 p. 83.
Blaug, Mark (2007). "The Social Sciences:
Economics". The New Encyclopædia Britannica, v. 27,
p. 343. 84. NA (2007). "physiocrat," The New
Encyclopædia Britannica. [S.l.: s.n.]. v. 9, p. 414.
p. 85. Blaug, Mark (1997, 5th ed.) Economic
Theory in Retrospect, pp, 24-29, 82-84. Cambridge.
86. Steven Pressman. Fifty Major Economists. (1999).
Routledge. ISBN 0-415-13481-1 p. 20 87. Smith
(1776) A Riqueza das Nações. Book IV, Introduction,
para 1. 88. *Groenwegen, Peter (1987).
"'political economy' and 'economics'," The New
Palgrave: A Dictionary of Economics, v. 3, p. 904.
89. Blaug, Mark (2007). "The Social Sciences:
Economics". The New Encyclopædia Britannica, v. 27,
p. 343. 90. Blaug, Mark (1987). "classical
economics". The New Palgrave: A Dictionary of
Economics, v. 1, pp. 434-35 Blaug usa datas e
conceitua 'economia clássica' de forma um pouco
diferente do usual, incluindo Marx e Keynes. 91.
Smith, Adam (1776). The Wealth of Nations, Bk. 1,
Ch. 5, 6. 92. Roemer, J.E. (1987). "Marxian Value
Analysis". The New Palgrave: A Dictionary of
Economics, v. 3, 383. 93. Mandel, Ernest (1987).
"Marx, Karl Heinrich", The New Palgrave: A
Dictionary of Economicsv. 3, pp. 372, 376. 94.
Vianello, Fernando (1987). "labour theory of value,"
The New Palgrave: A Dictionary of Economics, v. 3,
pp. 111-12. 95. Baradwaj Krishna (1987). "vulgar
economy," The New Palgrave: A Dictionary of
Economics, v. 3, p. 831. 96. Campos, Antonietta
(1987). "marginalist economics", The New Palgrave: A
Dictionary of Economics, v. 3, p. 320 97. Hicks,
J.R. (1937). "Mr. Keynes and the 'Classics': A
Suggested Interpretation," Econometrica, 5(2), p p.
147-159. 98. Blanchard, Olivier Jean (1987).
"neoclassical synthesis," The New Palgrave: A
Dictionary of Economics, v. 3, pp. 634-36. 99.
John Maynard Keynes. The General Theory of
Employment, Interest and Money. London: Macmillan,
1936. ISBN 1-57392-139-4 100. Blaug, Mark (2007).
"The Social Sciences: Economics," The New
Encyclopædia Britannica, v. 27, p. 347. Chicago.
101. Tarshis, L. (1987). "Keynesian Revolution", The
New Palgrave: A Dictionary of Economics, v. 3, pp.
47-50. 102. Samuelson, Paul A., and William D.
Nordhaus (2004). Economics, p. 5. 103. Blaug,
Mark (2007). "The Social Sciences: Economics," The
New Encyclopædia Britannica, v. 27, p. 346. Chicago.
104. Harcourt, G.C.(1987). "post-Keynesian
economics," The New Palgrave: A Dictionary of
Economics, v. 3, pp. 47-50. 105. Hume, David;
Copley, Stephen and Edgar, Andrew, editors (1998).
"Of the Balance of Trade" Selected Essays. New York:
Oxford University Press, USA. 188 p. ISBN
978-0-19-283621-2 106. Smith (1776) The Wealth of
Nations, v. I, Introduction and Plan of the Work,
para. I.I.9 e Ch.5, para. I.5.2. 107. John Stuart
Mill. = OCLC04904974&id = rsqrZx89WO4C&dq =
editions:OCLC00334987 Principles of Political
Economy with Some of Their Applications to Social
Philosophy. Boston: C.C. Little & J. Brown, 1848. 1,
8 p. ISBN 978-0-19-283621-2 108. Ruskin, John
(1860) The Veins of Wealth. Cornhill Magazine.
Reprinted as Unto This Last, 1862 109. Ruskin,
John (1860). Ad Valorem. Cornhill Magazine.
Reprinted as Unto This Last, 1862 110. Alfred
Marshall. Principles of Economics. London: Macmillan
and Co., Ltd, 1890. 8th ed., 1920, I.I.1 p. 111.
a b The Economics of Fair Play. Karl Sigmund, Ernst
Fehr and Martin A. Nowak in Scientific American,
Vol. 286, No. 1, págs. 82-87; janeiro de 2002
112. a b The Nature of Human Altruism. Ernst Fehr
and Urs Fischbacher in Nature, Vol. 425, págs.
785-791; 23 de outubro de 2003. 113. Andrew
Oswald, "Happiness and Economic Performance",
Economic Journal 107 (1997): p. 1815–1831. 114.
Economics is NOT Natural Science! (It is technology
of Social Science.). R.H. Richardson (2001-01-28).
115. Richard Pettinger, Economics Teacher -
Economics - The Dismal Science, economicshelp.org
116. Is Economics a Science? (Of course it is…).
Unpublished letter to the Economist. Alvin E. Roth
(1999). Roth is the Gund Professor of Economics and
Business Administration, Harvard Economics
Department and Harvard Business School 117.
CORRESPONDENCE - Econ Journal Watch, Volume 1,
Number 3, December 2004, pp 539-545 118. The
Pretence of Knowledge. Lecture to the memory of
Alfred Nobel. Nobleprize.org (1974). 119. a b The
Origin of Economic Ideas, Guy Routh (1989) 120.
Abstraction and unrealistic assumptions in
economics. Volume 3 Number 2. Journal of Economic
Methodology (December 1996). 121. Andrew Oswald,
‘‘Happiness and Economic Performance,’’ Economic
Journal 107 (1997): p. 1815–1831. 122. Frey,
Bruno S.; Pommerehne, Werner W.; Schneider,
Friedrich; Gilbert, Guy. (December 1984). "Consensus
and Dissension Among Economists: An Empirical
Inquiry". The American Economic Review 74 (5).
Acedido em 2007-03-17. 123. Rhetorical Criticism
in Economics. Articles by Deirdre McCloskey.
www.deirdremccloskey.org (1983–2005). McCloskey é
Professor Distinguido em Economia, História, Língua
Inglesa, e Comunicação na Universidade de Illinois
em Chicago. 124. McCloskey, D. N. (1985) The
Rhetoric of Economics [2] (Madison, University of
Wisconsin Press). 125. Dr. Locke Carter (Summer
2006 graduate course) - Texas Tech University
126. Research Paper No. 2006/148 Ethics, Rhetoric
and Politics of Post-conflict Reconstruction How Can
the Concept of Social ContractHelp Us in
Understanding How to Make Peace Work? Sirkku K.
Hellsten, pg. 13 127. Political Communication:
Rhetoric, Government, and Citizens, second edition,
Dan F. Hahn 128. Johan Scholvinck, Director of
the UN Division for Social Policy and Development in
New York, Making the Case for the Integration of
Social and Economic Policy, The Social Development
Review 129. Bernd Hayo (Georgetown University &
University of Bonn), Do We Really Need Central Bank
Independence? A Critical Re- examination, IDEAS at
the Department of Economics, College of Liberal Arts
and Sciences, University of Connecticut 130.
Gabriel Mangano (Centre Walras-Pareto, University of
Lausanne BFSH 1, 1015 Lausanne, Switzerland, and
London School of Economics), Measuring central bank
independence: a tale of subjectivity and of its
consequences, Oxford Economic Papers. 1998; 50:
468-492 131. Friedrich Heinemann, Does it Pay to
Watch Central Bankers’ Lips? The Information Content
of ECB Wording, IDEAS at the Department of
Economics, College of Liberal Arts and Sciences,
University of Connecticut 132. Stephen G.
Cecchetti, Central Bank Policy Rules: Conceptual
Issues and Practical Considerations, IDEAS at the
Department of Economics, College of Liberal Arts and
Sciences, University of Connecticut 133.
E.F.Schumacher: Small is Beautiful, Economics as if
People matter. 134. Douglas Hubbard, "How to
Measure Anything: Finding the Value of Intangibles
in Business", John Wiley & Sons, 2007. 135. SFB-
Sociedade Federativa Brasilei
GOVERNO CIVIL
Onde político não entra
|
|